A Michelin chega, em 2019, à terceira
época como fornecedora oficial de pneus para o MotoGP. Após um início
complicado e com alguns problemas, a marca conseguiu mostrar evolução
nos anos seguintes.
Alguns especialistas afirmam que a competitividade nas corridas são
méritos dessa escolha. O contrato é válido até 2023, o que mostra toda a
confiança da empresa em manter-se com força no mercado.
No entanto, a vida dos técnicos da Michelin em todos as corridas de
MotoGP não é nada fácil. São quase dois mil pneus levados para todas as
partes do mundo.
Os pneus são selecionados especialmente para o tipo de pista e, cerca
de 20 a 40 profissionais da marca francesa, trabalham em apoio às
equipas profissionais. Os pilotos também têm contacto direto com a
marca.
Alguns dos custos são pagos pelas equipas. Porém, grande parte das
contas fica a cargo da própria fornecedora de pneus. No final de 2017, a
Michelin escolheu renovar a parceria que tem com a Dorna Sport,
proprietária do MotoGP.
Um contracto de quase 30 milhões de euros, pagos pela Michelin, foi
assinado. Com isso, a empresa garantiu ficar como única fornecedora da
categoria principal até final de 2023. A Dunlop é responsável pelas outras categorias.
Honda e Ducati adaptam-se
As equipas e os pilotos são as peças mais importantes do MotoGP. Por
isso, foram os mais afetados pela mudança. Na época de 2017, alguns
deles passaram por problemas e criticaram a entrada da marca francesa.
Em entrevista feita ao portal MotoSport,
o italiano Danilo Petrucci chegou a elogiar a antiga fornecedora,
Bridgestone, em comparação com a primeira época das borrachas utilizadas
no ano.
No entanto, algumas equipas conseguiram adaptar-se mais facilmente.
Nas temporadas recentes, Ducati e Honda dominaram o cenário e viram a
Yamaha ficar para trás.
Em 2018, por exemplo, as duas equipes conseguiram marcar cerca de 710
pontos no campeonato, enquanto a equipa liderado por Valentino Rossi
passou mais de um ano sem uma vitória na categoria principal do MotoGP.
Porém, o piloto que se destaca melhor neste cenário ainda é Marc
Márquez. O atual campeão é quem soube aproveitar os novos pneus e tem
conseguido ser campeão ano após ano.
Nesta temporada, o piloto espanhol já é considerado favorito nas cotações online do portal da Betway. No dia 12 de abril, a Formiga Atómica do MotoGP tem 82% de chance de conquistar o sexto título mundial.
Andrea Dovizioso, da Ducati, é o segundo com alguma diferença, assim como Rossi, Lorenzo e Viñales.
Marc Márquez sonha em, finalmente, ultrapassar o número de títulos de
Valentino Rossi, um dos principais rivais nos números. Porém, a disputa
na temporada deve ficar entre ele e Andrea Dovizioso, como ele mesmo
defendeu em entrevista ao jornal Record.
O italiano da Ducati é quem disputa as últimas curvas com o espanhol, diferente de Rossi que ainda sofre com a Yamaha.
Das pistas para a estrada
A presença da Michelin no MotoGP, além de comercial, é uma evolução
técnica para a empresa. Com a oportunidade de testar novos componentes, a
marca tem conseguido expandir-se na venda de pneus fora das
competições.
O Michelin Power Cup Evo, por exemplo, tem sido elogiado por
diferentes especialistas, como mostra a comparação feita pelo portal
Sapo em 2017. Ele é resultado de alguns testes feitos em pista.
Além disso, a entrada da Michelin na categoria
também trouxe uma maior competitividade entre pilotos e equipas. Nas
temporadas recentes, Ducati e Honda conseguiram destacar-se. Porém,
outras equipas também conseguiram vencer provas com bons rendimentos.
Em 2016, por exemplo, nove pilotos diferentes conseguiram vencer
corridas na categoria. Foi um recorde que marcou a entrada dos novos
pneus franceses.
O ano de 2019 será importante para a Michelin, principalmente por ser
a quarta época na categoria. Recentemente, no GP do Qatar, o piloto
português Miguel Oliveira teve problemas com desgastes de pneus na sua
KTM.
O piloto luso evitou fazer qualquer crítica e assumiu uma parte do
problema. É uma mudança de comportamento, sabendo do bom trabalho que a
Michelin tem realizado no MotoGP.
Fonte: Revista dos Pneus
Sem comentários:
Enviar um comentário