segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Pneus desgastados aumentam distância travagem

 

01 - Pneus_desgatados

A profundidade do piso pode ser crucial para determinar se uma situação crítica na estrada se transforma ou não em acidente. Testes recentes da DEKRA mostram como, à medida que a profundidade do piso diminui, as distâncias de travagem em pavimentos molhados aumentam

“Os nossos testes confirmam que a profundidade mínima do piso exigida por lei é o limite inferior absoluto. Para a sua própria segurança, os condutores devem substituir os pneus antes que estejam desgastados”, diz Christian Koch, especialista em pneus da DEKRA.

Os testes, realizados numa variedade de pistas, no DEKRA Lausitzring, tiveram como objetivo encontrar resultados específicos sobre como a profundidade do piso por si só pode afetar o controlo do veículo, inclusive em relação a acidentes.

Fonte: Revista dos Pneus

A luta contra as partículas finas

01 - particulas finas pneus 

 

Com a nova norma Euro 7, a luta contra as partículas foi alargada a estas emissões provenientes dos pneus, reconhecidamente nocivas para a saúde e para o ambiente, de forma a aproximar-se dos objetivos da UE de mobilidade

Como resultado de valores limite cada vez mais rigorosos e tecnologia cada vez mais sofisticada, os veículos modernos tornaram-se mais limpos e a poluição de partículas finas causadas pela combustão diminuiu. No entanto, apesar desse sucesso por parte da indústria automóvel e do número crescente de veículos elétricos, a poluição causada por partículas finas – principalmente nas cidades – continua alta. Isto acontece porque a maioria das partículas finas no tráfego rodoviário não são mais causadas pelos sistemas de escape, mas por abrasão nos travões e pneus.

Quando um carro, camião ou autocarro viaja numa estrada, o atrito entre os pneus e as superfícies da estrada assegura a aderência, essencial para manter os veículos na estrada. Sem este atrito, os veículos deslizam sobre as estradas e comprometem a segurança. O atrito entre os pneus e as estradas é necessário para a aderência na estrada, mas também leva à abrasão tanto do pneu como das partículas geradas na estrada. Da mesma forma, as partículas são libertadas pela fricção entre as solas dos sapatos e os pavimentos ao andar. Isto representa um desafio: como podem os fabricantes reduzir as partículas de desgaste dos pneus e das estradas sem afetar o importante papel que os pneus desempenham na segurança e mobilidade rodoviárias?

As partículas de desgaste dos pneus e das estradas são uma mistura de fragmentos do piso dos pneus e elementos da superfície da estrada, tais como minerais e pó de estrada, aproximadamente 50% cada um. Estas partículas são geralmente consideradas microplásticos devido à sua dimensão e composição.

Indústria trabalha para arranjar soluções
Ainda não se conhece o impacto real das partículas de desgaste dos pneus e das estradas na saúde ambiental e humana, mas a indústria de pneumáticos está empenhada em contribuir para arranjar soluções para este problema. A Associação Europeia de Fabricantes de Pneus e Borracha (ETRMA) esforça-se por um ambiente limpo e estradas seguras. Trabalha em conjunto com parceiros para preencher as lacunas de conhecimento sobre pneus e partículas de desgaste rodoviário e desenvolver soluções práticas para reduzir os níveis destas partículas no ambiente. Ao longo da última década, a indústria de pneus tem liderado uma variedade de projetos e iniciativas de investigação internacionais:

A função mais importante dos pneus é segurar o veículo na estrada, que é um aspeto vital da segurança rodoviária. Para o fazer, é necessário causar atrito e isto leva à abrasão tanto do pneu como da estrada, gerando partículas, conhecidas como Partículas de Pneus e de Desgaste Rodoviário (TRWP – Tyre and Road Wear Particles). Da mesma forma, as partículas também são libertadas pelo simples atrito entre as solas dos sapatos e os pavimentos ao andar. TRWP são uma mistura de fragmentos do piso do pneu e elementos da superfície da estrada, tais como minerais e pó de estrada, aproximadamente 50% cada um. Geradas pelo atrito entre estradas e superfícies de pneus, são chamadas microplásticos libertados involuntariamente.

A plataforma TRWP foi lançada pela ETRMA e facilitada pela Rede Europeia de Empresas para a Responsabilidade Social das Empresas em 2018. A plataforma reúne governos, academias, organizações não governamentais e indústrias. Através de um diálogo aberto e inclusivo, a Plataforma visa partilhar conhecimentos científicos, alcançar um entendimento comum dos possíveis efeitos das partículas geradas durante a utilização e desgaste normais dos pneus.

Poluição causada pelo desgaste dos pneus é 1.000 vezes pior que as emissões de escape
As emissões de não-escape (Non-Exhaust Emissions-NEE) são partículas libertadas para o ar devido ao desgaste dos travões, desgaste dos pneus, desgaste da superfície da estrada e ressuspensão do pó da estrada durante o uso de veículos na estrada. Não existe legislação para limitar ou reduzir as NEE, mas estas causam muita preocupação em relação à qualidade do ar.

  • A regulamentação rigorosa sobre as emissões de escape imposta pela UE fez com que os carros novos emitam muito menos poluição por partículas
  • Mas a poluição por pneus não é regulamentada e pode ser 1.000 vezes pior, afirmam especialistas independentes com base em testes
  • O aumento da popularidade dos SUVs, maiores e mais pesados agrava esse problema – assim como o aumento das vendas de veículos pesados de serviço e o amplo uso de pneus económicos
  • A instalação apenas de pneus de alta qualidade e a redução do peso dos veículos são fundamentais para reduzir estas emissões

As partículas nocivas dos pneus – e também dos travões – são um problema ambiental muito sério e crescente, que está a ser exacerbado pela crescente popularidade de veículos grandes e pesados, como SUVs, e pela crescente procura por veículos elétricos, mais pesados que os carros comuns por causa de suas baterias. Além disso, a poluição por desgaste dos pneus dos veículos não é regulamentada, ao contrário das emissões de escape que foram rapidamente reduzidas pelos fabricantes de automóveis, devido à pressão exercida pelas normas europeias de emissões. Neste momento os carros novos emitem muito pouco em termos de material particulado, mas há uma crescente preocupação com este tipo emissões.

Atualmente, acredita-se que as NEE constituam a maioria do material particulado primário dos transportes rodoviários, 60% das PM2,5 e 73% das PM10. Para entender a escala do problema, a Emissions Analytics – o principal especialista independente em testes e dados globais para a medição científica de emissões no mundo – realizou alguns testes iniciais de desgaste dos pneus. Usando uma berlina familiar com pneus novos e insuflados corretamente, descobriu que o carro emitia 5,8 gramas de partículas por quilómetro.

Em comparação com os limites regulamentados de emissão de gases de escape de 4,5 miligramas por quilómetro, a emissão não regulamentada dos pneus é mais de 1.000 vezes pior. A Emissions Analytics observa que os valores podem ainda ser mais elevados se o veículo tiver pneus com pouca pressão ou a superfície das estradas utilizadas forem mais ásperas ou os pneus usados forem de má qualidade.

Nick Molden, CEO da Emissions Analytics, disse: “É hora de considerar não apenas o que sai do tubo de escape de um carro, mas também a poluição de partículas causada pelo desgaste de pneus e travões. Os nossos testes iniciais revelam que pode haver uma quantidade chocante de poluição de partículas dos pneus – mais de 1.000 vezes pior que as emissões de escape de um carro. O que é ainda mais assustador é que, embora as emissões de gases de escape tenham sido rigorosamente regulamentadas durante muitos anos, o desgaste dos pneus é totalmente desregulado – e com o aumento crescente nas vendas de SUVs e carros elétricos movidos a bateria mais pesados, as emissões de não-escape (NEE) são um problema muito sério”.

No curto prazo, a instalação de pneus de alta qualidade é uma maneira de reduzir essas NEE, assim como ter pneus sempre com a pressão no nível correto. Em última análise, porém, a indústria automobilística pode também ter que encontrar maneiras de reduzir o peso dos veículos.

 

Fonte: Idealista News

 

Borracha natural sustentável nos pneus

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A mobilidade sustentável começa com as matérias-primas, muito antes do produto final se fazer à estrada.

 

A certificação FSC (Forest Strewardship Council) atesta que as plantações são geridas de modo a preservar a diversidade biológica e promovem a vida das pessoas e dos trabalhadores locais, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade económica. O complexo processo de verificação do FSC certifica que os materiais são identificados e separados dos não certificados, ao longo da cadeia de produção, desde as plantações até aos fabricantes. Os pneus com certificado FSC são fabricados com borracha natural e rayon cuja produção é certificada por esta prestigiada organização não governamental, e representa um importante passo em termos de sustentabilidade.

A utilização de pneus feitos com essa matéria-prima é uma conquista inédita no setor. O novo pneu certificado FSC representa um marco importante no desafio de proporcionar benefícios económicos, sociais e ambientais para a cadeia de valor da borracha natural, especialmente importante no contexto dos desafios de sustentabilidade associados a essa matéria-prima. Trata-se de um passo decisivo na caminhada rumo a uma cadeia de valor de borracha natural mais sustentável, reduzindo a desflorestação e apoiando o combate às mudanças climáticas.

 

Fonte Revista dos Pneus

 

 

Milímetros fazem a diferença

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 Alguns milímetros de profundidade do piso dos pneus podem fazer uma enorme diferença na segurança de condução. No Inverno, os condutores podem encontrar alguns troços de estrada em zonas de alto risco com o perigo de aquaplanagem à espreita

 

O aquaplaning é uma ameaça real em tempo chuvoso. Assim que a banda de rodagem não consegue drenar toda a água do ponto de contacto entre o pneu e a estrada, forma-se uma almofada de água debaixo do pneu. Isto faz com que os pneus percam a aderência e o condutor perca o controlo do seu veículo. Nesta situação, o condutor pode tornar-se um passageiro indefeso, sem qualquer controlo sobre o seu veículo num instante. No entanto, o mais importante é manter a calma e não travar subitamente. É melhor tirar o pé do acelerador, deixar o carro reduzir lentamente a velocidade e vigiar de perto a direção da viagem. Assim que sentir que os pneus recuperam contacto com a estrada, pode começar gradualmente a acelerar novamente.

Há um risco real de aquaplaning mesmo com pneus bons, mas é quase certo com os pneus gastos. É por isso que é importante estar consciente do estado e qualidade dos pneus do carro. Como regra geral, quanto menor a profundidade do piso, mais provável é que os pneus percam a aderência na estrada molhada. Portanto, conduzir com pneus gastos é um grande risco, especialmente na chuva, quando a distância de travagem é significativamente maior. Assim, torna-se um perigo não só para o condutor e passageiros, mas para todos à volta.
Os condutores que adiaram a compra de pneus novos devem prestar ainda mais atenção à manutenção adequada dos seus pneus atuais, para que as suas características de segurança durem o máximo de tempo possível. O risco de aquaplaning pode ser reduzido através da utilização de pneus com uma banda de rodagem de pelo menos 4 mm. Assim que a profundidade do piso cair abaixo deste valor, a sua proteção contra este fenómeno perigoso deteriora-se significativamente. A pressão correta dos pneus é também importante. É importante antecipar situações perigosas. A chuva forte e o mau estado dos pneus são uma má combinação. Da mesma forma, conduzir demasiado rápido com mau tempo torna o seu veículo mais propenso ao aquaplaning, mesmo que tenha pneus bons. Com chuva forte, a velocidade pode precisar de ser reduzida em até 15-20 km/h para que o piso possa bombear toda a água entre o pneu e a estrada.

Testes realizados por uma revista da especialidade, mostraram que os pneus gastos começaram o aquaplaning a uma velocidade até 15 km/h mais cedo do que os pneus novos. Para os melhores pneus testados, o novo pneu começou o aquaplaning a 90,4 km/h enquanto um pneu gasto a apenas 3,5 mm já começou o aquaplaning a cerca de 75 km/h. Para além da profundidade do piso, a pressão do pneu também deve ser verificada. A baixa pressão aumenta o risco de aquaplaning. Verificar a pressão do pneu e ajustá-lo ao nível correto, se necessário, é uma medida de segurança básica que pode ser tomada na estação de serviço mais próxima e não custa nada.

DICAS PARA LIDAR COM O RISCO DE AQUAPLANING:

Verifique o estado dos seus pneus antes de cada viagem, mantenha uma pressão de pneu suficiente e certifique-se de que a profundidade do piso é de pelo menos 4 mm para garantir a segurança de condução.
• Verificar o boletim meteorológico antes de conduzir e antecipar situações perigosas, estas incluem chuvas fortes ou trovoadas.
• Reduza a sua velocidade de condução em pelo menos 20 km por hora durante as chuvas fortes.
• Manter distância suficiente dos veículos que se encontram à sua frente.
• Se ocorrer aquaplaning, mantenha-se calmo, tire o pé do acelerador e deixe o carro abrandar até sentir novamente contacto entre os pneus e a estrada.

 

Fonte: Revista dos Pneus