As 24 Horas de Le Mans 2024 contaram com a participação de 23 Hypercars, alinhados por nove fabricantes diferentes. Com estes números, a prova cumpriu os prognósticos, e ofereceu aos 329 mil adeptos várias surpresas durante o circuito, uma das corridas mais renhidas e intensas na sua história.
A vitória saiu ao Ferrari nº 50, de Fuoco/Molina/Nielsen, mas Cadillac, Porsche e Toyota também lideraram em diferentes momentos. Os pilotos que terminaram no pódio ficaram separados por apenas 36 segundos, depois de 311 voltas e 4237 quilómetros percorridos.
Na segunda e terceira posições ficaram a Toyota nº 7 (+14 segundos) e o Ferrari nº 51 (+36 segundos), assegurando o vigésimo quinto pódio completo para as equipas Michelin no Circuito de La Sarthe. A marca francesa também aumentou o seu recorde de imbatibilidade na corrida, até as 27 vitórias consecutivas.
A 92ª edição das 24 Horas de Le Mans teve de tudo: drama em pista, ultrapassagens espetaculares, emoção, condições mistas, e, sobretudo, suspense até ao final.
Os livros de história registaram a segunda vitória consecutiva da Ferrari em Le Mans juntamente com a Michelin, desta vez com o carro nº 50. Mas tal não contará toda a história da corrida de 2024, em que o protótipo vencedor, o 499P Hypercar, cruzou a linha de meta com uma vantagem de tão somente 14,221 segundos, com o mínimo de energia disponível no seu “depósito”, após uma intensa batalha que manteve os aficionados em tensão até à bandeira de xadrez.
Por comparação com a edição de 2023, a vitória foi muito mais difícil para a marca italiana, já que Toyota, Porsche e Cadillac também lutaram na frente. Qualquer uma delas poderia ter obtido a vitória caso as coisas se tivessem desenvolvido de forma diferente.
Um dos fatores que mais influenciaram o resultado de domingo foi a chuva torrencial que caiu sobre o Circuito de la Sarthe, obrigando as equipas a rever e adaptar permanentemente as suas estratégias.
O azar recaiu sobre a Toyota, quando o seu protótipo nº 8 (5º no final) fez um pião após um toque com um rival, quando faltavam duas horas para o final. Entretanto, o Toyota nº 7, de López/Kobayashi/De Vries, perdeu terreno ao longo da corrida por diferentes motivos, antes de voltar a lutar para subir na classificação. A combatividade dos seus pilotos foi recompensada com o segundo posto, enquanto a melhor volta da corrida do fim de semana foi para Kobayashi, que averbou um registo de 3m28.756 na volta 254.
As interrupções devido a entradas do Safety Car somaram 6 horas e 54 minutos no total, mais de um quarto de prova. Muitas delas deveram-se às condições meteorológicas adversas, que obrigaram as equipas a tomar importantes decisões estratégicas.
A combinação de chuva, baixas temperaturas no domingo, e condições ligeiramente mais cálidas no início da prova, fizeram com que os pneus slick macios e médios da Micheli, e os MICHELIN Pilot Sport Wet (que contêm 45% de matérias-primas renováveis/recicladas) desempenhassem um papel fundamental no desenvolvimento da corrida. Devido às condições oscilantes, os pneus para piso molhado tiveram, inclusivamente, que competir em piso seco, e os slick na chuva.
A par das suas prestações, da sua versatilidade, e da sua consistência, a durabilidade que caracteriza a gama MICHELIN Pilot Sport Endurance contribuiu ativamente para o espetáculo, ao permitir às equipas efetuarem vários stints.
O recorde de durabilidade deste ano foi alcançado pelo Porsche nº 12, que completou com êxito 530 quilómetros (o equivalente a 39 voltas) com o mesmo jogo de quatro pneus slick médios.
A Michelin conquistou a sua vitória número 33 nas 24 Horas de Le Mans, o que a deixa a somente um triunfo do recorde para um fabricante de pneus.
Fonte: Revista dos Pneus
Sem comentários:
Enviar um comentário